9 de agosto de 2011

Áh mê pai!

Olá Amigos, Bom dia!
Com que então achavam que se iriam ver livres de mim por um tempo, uma vez que estou de férias. Nã nã nã nã nim. Nem pensar! Não vos trago as coisas bonitas do costumo, claro! Felizmente, não tive tempo para nada! No entanto hoje venho quebrar uma regra que, aliás, nunca tinha sido estabelecida. E ainda que assim fosse, sempre ouvi dizer que, não há regras sem excepção, e decidi partilhar com vocês um bom motivo para uma boa gargalhada. Eu acho!
Ontem, de regresso a casa, e enquanto atravessava a vasta planície do Alentejo e Ribatejo, deixando para trás, uma imensidão e oliveiras que através dos vidros do carro, parecia querem fugir de nós, deixando-se ficar na calma e tranquilidade daquele lugares. Estas por sinal estavam carregadinhas de azeitonas. Foi então que, deixando-me levar pelos pensamentos recordei umas amigas muito especiais, que partilharam comigo uma missão muito importante nas nossas vidas.
Foram momentos singulares, mas que nos marcaram a todas pela boa disposição, a união, que apesar de tudo, e contra tudo, reinava no pequeno “grupo” que formamos. Foram momentos marcantes, e foi justamente no desses momentos que surgiu uma anedota, que hoje partilho com vocês, e que não vou esquecer nunca tal como não esquecerei a pessoa que a contou.

Certo vez, já altas horas da noite, uma mulher acorda e ouvindo ruídos provenientes do seu quintal, aproxima-se da janela e o que vê leva-a correr e chamar o marido alertando-o para a situação. Aperceberam-se então que se tratava de um cigano que na calada da noite lhes roubava todas as azeitonas que podia transportar na carroça que puxada por um burrico franzino, aguardava calmamente.

- Homem depressa, tens que fazer alguma coisa. Não vês que o ladrão está a roubar-nos as azeitonas?
- Ò mulher, é melhor não nos metermos nisso. Não vês que é um cigano. Se lá vou ainda me dá uma carga de porrada que nunca mais me endireito. Ou então pode estar armado e acaba com a gente. O melhor é chamarmos as autoridades e eles que façam alguma coisa.

E assim fizeram, e pouco tempo depois, na hora que o ciganito se preparava para abandonar o local, lá estavam os agentes da autoridade que o manda parar.
- Diga-me, quem é o senhor, e o que faz em propriedade alheia a altas horas da noite?
- Sô o lello senhõr agenti, e juro pela nhã querida mãezinha, qe Deus lá tenha a alma en descanso qe nã fiz nada!
- Ai não, e então estas azeitonas, vêm de onde?
-Ái senhor agenti, pla sua rica saudinha, nã me multi. È qe estas azêtonihas são pra matar a fomi ós mês pequenos qe estã en casa esperando.
Os agentes olharam um para o outro e condoeram-se do pobre homem, no entanto achavam que lhes tinham que aplicar um castigo e combinaram entre si uma pena mais leve, que o habitual nestas circunstâncias.
-Então fazemos assim, disseram. Vamos pesar as azeitonas e por cada cem kilos… vamos ter que lhe enfiar uma no rabo.
O pobre Lello concordou, afinal não tinha outra saída pois fora apanhado em flagrante. E sem ter escolha, lá foi baixando as calças e deixando que os agentes fizessem a sua parte. Ora acontece, que por cada azeitona que estes lhe introduziam no dito cujo, o pobre Lello, queixava-se choroso; - ÀH MÊ PAI!
Outra azeitona e… - ÀH MÊ PAI!
Assim foi até que, estando a tarefa concluída, (e o pobre coitado achando que nunca mais se podia sentar), ainda deu um último suspiro choramingando, antes de puxar as calças para cima. - ÁH MÊ PAIZINHO!
Os guardas, achando curiosa a situação, porque geralmente na hora das aflições se chama pela mãe perguntaram-lhe;
- Ora diga-nos cá uma coisas senhor Lello; -Porque é que o senhor chamou tanto pelo seu paizinho e nunca referiu a sua mãezinha?
- ORA SÔ GUARDA. ATÃ NÃ SE TÁ VENDO. É QUE O MÊ PAIZINHO VEM JÁ AÍ ATRÁS COM UMA CARRADA DE MELÔES.

FIM

Rosa, será que ainda te lembras do dia em que acordaste às 6 da manhã para fazeres um chá para nós?
E tu Maria, será que ainda reclamas para ti, o meu comprimido às bolinhas que me fazia sorrir o dia todo?

ROSA, Irmã MARIA, (O meu pinguim de estimação), ANA, e muitos outros que nos deixaram saudades,
aqui fica o meu beijinho para vocês.
Espero sinceramente que a nossa missão não tenha sido em vão.

1 comentário:

  1. Com que então um pinguim de estimaçao hein. Isto já não há respeito por ninguém ;)
    Amélia, Amélia minha querida amiga, nem imaginas as saudades que tenho tuas/vossas. Olha lá, então quando é que tu pões em prática esse teu geito para a escrita, e pões cá pra fora um livro teu.Rapariga do diabo(quer dizer,de DEUS)Sabes que apesar de já ter ouvido contar a anedota uma 100 vezes, fartei-me de rir com a tua maneira de contar. Tu dás um toque especial a tudo que fazes.És verdadeira, pura, linda... por dentro e por fora.Força aí mulher, todos nós precisamos de ti.Tu foste o nosso pilar de salvação, tu deste-nos a esperança que precisavamos. Tu és ESPECIAL AMÈLIA. SEM TI NUNCA TERIAMOS CONSEGUIDO LEVAR A NOSSA MISSÂO A BOM PORTO. TU SABES DISSO!
    Olha deixo-te um grande beijinho de todos nós e espero que desta vez consiga, publicar este comentário, porque das outras vezes não fica nada. Não sei porquê. Adoro-te rapariga!

    Ah, acho que te esqueçeste de falar daquelas fatias de bolos maravilhosas e que nós comiamos a 4. Lembraste de a empregada do bar perguntar "hoje quantos garfos são meninas?".
    Fica bem amiga!

    Maria.

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